A dona de casa
Maria Cleide Lopes da Silva, 36 anos, morreu na madrugada desta
sexta-feira, 3, no Hospital Eurico Dutra, em Barreiras (a 830
quilômetros de Salvador), onde estava internada desde quinta-feira, 2. A
suspeita inicial da causa do óbito é que tenha sido em decorrência da
aplicação de um alisante e relaxante para cabelos, da marca Salon Line.
De acordo com o marido da vítima, o cabeleireiro Matire Lima de
Oliveira, 46 anos, há alguns anos ela fazia uso do produto, no entanto,
desde a última aplicação, dia 25 de dezembro, e de uma escova no dia 28,
ela começou a passar mal.
"Eu sempre disse a ela que não fizesse uso desse produto, mas ela gostava do efeito e continuou a usá-lo",
disse inconformado o companheiro, destacando que ela própria fazia a
aplicação em casa. Antes de ser internada no Hospital Eurico Dutra,
Cleide passou por outras unidades de saúde, como o Hospital do Oeste,
onde ficou em observação por algumas horas no dia 31 de dezembro,
segundo informou o companheiro.
O delegado Francisco Carlos de Sá, que preside o inquérito policial, disse que solicitou exames detalhados da pericia técnica "para confrontar se o produto apresentado pela família foi a causa real da morte".
Ele também vai ouvir os representantes da indústria que fabrica o
produto, para apontar as responsabilidades sobre a morte de Maria
Cleide. "Em tese, o produto foi o causador desse óbito", disse o
delegado. No atestado de óbito, assinado pelo médico Carlos José de
Souza, foi relatado que a causa da morte foi intoxicação seguida de
choque anafilático. ATarde .
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