Embora
o prefeito ACM Neto (DEM) tenha declarado que não há nada decidido
sobre o candidato da oposição para o Palácio de Ondina, as conversas
mostram que um sim do ex-governador Paulo Souto (DEM) teria mobilizado
parte do DEM a buscar táticas para convencer o ex-ministro Geddel Vieira
Lima a compor a vaga ao Senado.
O
presidente do PMDB baiano tem colocado desde 2013, o desejo de ser o
representante do grupo na cabeça de chapa para as eleições. Nos
bastidores, fontes confirmaram ontem que o ex-governador, que até então
não havia decidido sobre postular, provocou um movimento ao anunciar
para o prefeito e para lideranças do partido, na última semana, que
estaria disposto a concorrer. Diante disso, Souto e deputados da sigla
teriam se reunido para tratar dos próximos passos políticos, inclusive,
discutirem as estratégias para articular a chapa, mantendo a aliança com
um dos fiéis da balança, o PMDB.
O
que parece disse me disse encontraria solidez na voz de defensores da
postulação de Souto. Há quem argumente que o fato de “o ex-governador
seguir bem nas pesquisas, o partido ter as maiores prefeituras do
Estado, sendo Salvador e Feira de Santana e sete representantes na
Assembleia Legislativa, numa demonstração de crescimento” mobilizam os
democratas a obterem a cabeça de chapa. Sem contar que a retomada do DEM
ao poder reacenderia o partido nacionalmente. A decisão de Souto em se
colocar à disposição já teria sido comunicada ao presidente nacional do
partido, senador José Agripino Maia. Nas cenas dos bastidores, o próprio
secretário de Transportes da prefeitura, José Carlos Aleluia, já
estaria fora do páreo, cedendo espaço ao correligionário.
Enquanto
crescem os burburinhos, dirigentes partidários selam um pacto de não
revelarem as articulações para a imprensa. Todos seguem os ditames do
prefeito ACM Neto, que em conversa com a Tribuna, na reabertura da
Câmara de Vereadores disse que quando a decisão for tomada, “ela vai ser
anunciada, e não será anunciada antes do Carnaval”.
O
presidente estadual do DEM, Paulo Azi, negou ontem que haja
“entendimento sobre candidatura”. “Não houve mudança de prazo”, disse,
descartando também que o partido e Paulo Souto estejam fazendo
programações de viagens para o interior com o intuito de mobilizar uma
pré-campanha.
O
líder do Democratas na Assembleia, Carlos Gaban disse que não se pode
lançar uma chapa de uma hora para outra. “Há muita expectativa em torno
da candidatura e isso aumenta a responsabilidade. Tem que ter cuidado
com a nossa chapa” afirmou. Segundo ele, a única conclusão que saiu das
reuniões realizadas pelo grupo é de que a oposição não pode sair
desunida. Informações Tribuna da Bahia
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