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Rapex, produto anti estupro. Fotoreprodução |
Inserida no
canal vaginal como um absorvente íntimo, a Rape-aXe possui dentes em seu
interior que não machucam a mulher, mas se agarram fortemente ao pênis
assim que acontece a penetração. Depois que a camisinha gruda, o homem
não consegue fazer xixi e mal tem forças para andar. E se tentar
retirá-la sozinho, vai sentir mais dor, pois ela tende a apertar ainda
mais. Só um médico é capaz de removê-la. A intenção é que, no momento do
procedimento cirúrgico, já haja um policial do lado do agressor para
prendê-lo.
Sonnet garante
que os dentes não chegam a perfurar a pele, evitando qualquer risco de
contaminação com sangue. Além da ação antiestupro, a camisinha ainda
protege contra doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada.
A ideia surgiu
quando Sonnet foi procurada, há quarenta anos, por uma mulher que havia
acabado de ser estuprada e desabafava: se ao menos eu tivesse dentes lá
embaixo! Diante daquela declaração, a médica, que tinha apenas 20 anos
na época, prometeu que faria algo pelas mulheres vítimas de abuso
sexual. Ela chegou a vender casa e carro para desenvolver o projeto da
Rape-aXe, que contou com consultoria de ginecologistas, psicólogos e
engenheiros.
O assunto já
causou polêmica. Há quem argumente que os homens pegos pela armadilha
poderiam se tornar ainda mais violentos e agredir ou matar suas vítimas.
Ou que a atitude prejudicaria o psicológico das mulheres usuárias da
camisinha antiestupro, que agiriam como se estivessem se antecipando a
algo que pode lhes acontecer a qualquer momento. Além do mais, o uso da
Rape-aXe não evita a primeira penetração.
Sonnet rebate
as críticas alegando que, atualmente, as mulheres já tomam medidas
parecidas, mas perigosas, para se proteger, usando shorts de ciclistas
apertados por baixo da roupa ou mesmo inserindo, na própria vagina,
lâminas de barbear envolvidas em esponjas. A sugestão da médica é que as
mulheres utilizem o preservativo antiestupro quando forem se encontrar
com desconhecidos ou andar por lugares que não sejam seguros. Aos
que chamam o artifício de medieval, Sonnet responde: “Pode ser
medieval, mas é para combater uma ação também medieval que tem se
arrastado por décadas”. As camisinhas, ainda em fase de teste, podem chegar ao mercado a 2 dólares a unidade.
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