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Leis editadas
que proíbem o funcionamento de bares e a venda de bebidas alcoólicas em
restaurantes durante feriado da "Sexta-Feira da Paixão", nos municípios
baianos de Feira de Santana e Baixa Grande, são alvos de duas Ações
Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) elaboradas pelo Ministério
Público da Bahia (MP-BA). Em ambos os documentos, que foram entregues à
Justiça na quarta-feira (10), o MP-BA afirma que as leis que foram
aprovadas em Feira de Santana, em 2009, e em Baixa Grande, em 2011, são
incompatíveis com a Constituição Estadual, por serem baseadas em
critérios religiosos. "As leis restringem a liberdade de atuação do
particular em detrimento do seu direito constitucional da livre
iniciativa, do livre exercício de qualquer trabalho e de não ser privado
de direitos por motivo de crença religiosa", disse texto do órgão. As
Adins são assinadas pelo procurador-geral de Justiça, Márcio Fahel, e
pelo assessor especial, promotor de Justiça Paulo Modesto. No parecer,
eles que destacam que os legisladores que aprovaram as leis consideraram
apenas uma parte da população em detrimento dos que não são cristãos.
“Qualquer tentativa de impor uma religião específica à coletividade se
mostra incompatível com a Constituição do Estado da Bahia e com a
Constituição Federal”, ressaltam. (G1)
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