Um
pertinente desafio moderno está na aceitação e no planejamento da vida
virtual após a morte, além da criação de um "testamento virtual", algo
raramente pensado, que define como queremos - e se queremos - continuar a
existir virtualmente depois de mortos.
Refletir
sobre a relevância e a ética que empregamos a cada postagem são
pequenos atos fundamentais que devem ser exercidos diariamente para
evitar distorções após a morte, quando não será mais possível editar ou
excluir um comentário, foto ou vídeo.
"Temos
exemplos de pessoas que falecem e se descobre depois que tinham outra
família. Não poste aquilo que não falaria em público. Tudo que é
compartilhado um dia pode se voltar contra você, inclusive na sua
morte", diz ao Delas a psicóloga Ana Luiza Mano.
Em
dados levantados pelo especialista em mídias sociais Walter Thompson ao
site ReadWrite, o Facebook acumulava cerca de 30 milhões de perfis de
pessoas mortas em 2012. Isso significa que, a cada um minuto, morrem
três pessoas com perfis nessa rede.
Dá para planejar?
Os
dados compartilhados - fotos, vídeos, textos, áudios - nas inúmeras
redes sociais existentes podem ficar disponíveis por muito tempo e com
alcance fácil em ferramentas de pesquisa.
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