O evangelho que a liturgia deste domingo nos
apresenta, faz-nos perceber através de uma parábola, o quão é
grande a nossa responsabilidade para com o que é de Deus! Seus bens estão
em nossas mãos, e Ele bem sabe do que cada um é capaz!
Deus confia a nós, a administração de todos os seus bens, e para
que possamos ser bons administradores, Ele nos concede “talentos,”
um indicativo de capacidade e de habilidade que Deus concede a cada
um de nós, diferentemente, cabendo a quem recebe, desenvolvê-lo!
A parábola nos fala de um patrão que antes de viajar para o
estrangeiro, entrega os seus bens a três de seus empregados. A cada um
deles, foi dada a responsabilidade destes bens de acordo com as suas
capacidades e quando voltou, pediu conta destes bens a cada um deles. Os
dois primeiros, por terem alcançado êxito na administração dos bens
confiados a eles, receberem elogios do Patrão. Já o terceiro
empregado, que por medo de arriscar enterrou o talento que recebera, não
o fazendo multiplicar, foi duramente castigado pelo patrão.
Este empregado, simboliza todos os que tem medo de arriscar, os
que vivem na passividade, que não agem e nem reagem, aquele que não fazem nada
de errado, mas também não praticam o bem!
Na administração dos bens de Deus, muitas vezes, precisamos
ousar, arriscar! É importante conscientizarmos de que nós não
seremos cobrados pelo não êxito do que fizemos, e sim, pelo que deixamos
de fazer! De nada adianta, termos as mãos limpas para apresentarmos
a Deus no juízo final, se com elas nada fizemos em favor do Reino!
O empregado citado na parábola, escondeu o seu talento no chão, e
muitos de nós, escondemos os nossos talentos dentro de nós mesmos,
negando a nossa contribuição na construção do reino!
A consciência de que um dia teremos que prestar contas a Deus dos
frutos que produzimos aqui na terra, não deve nos intimidar, pelo contrário,
deve nos estimular a ir em frente, a ousar...
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