O governador Jaques Wagner (PT) afirmou, em entrevista ao jornal Correio, que ainda “não há decisão fechada” sobre o destino dele na Esplanada dos Ministérios. Convidado pela presidente Dilma Rousseff para integrar o primeiro escalão do governo federal, garantiu que quer ficar “longe do holofote”. “Ainda não teve uma batida de martelo. Fala-se muito no Ministério das Comunicações, se falou muito de outros também, mas não há decisão fechada”, assegurou o ainda governador da Bahia, que se despede em 1º de janeiro, após oito anos no cargo.
Wagner frisou ainda que não participou da formação do governo de seu sucessor, Rui Costa (PT). “Avisei depois da eleição que não sentaria com ele para discutir governo. Parte dos nomes que ele anunciou, conheci na hora”, lembrou. “Rui acertou e errou junto comigo, conhece todo os quadros do governo, não vai errar no que errei”, comentou. Sobre um dos desafios da futura administração, Wagner citou a questão da segurança pública. “Não sou menino de ficar me enganando ou enganando as pessoas.
Os números estão muito longe do desejado, mas ano passado caíram 8% (os crimes contra a vida). Este ano, ainda não estão fechados, mas creio que deve cair também”, afirmou. De bom humor, Wagner brincou com a possível ida para a pasta das Comunicações. “Se eu for para o Ministério das Comunicações como estão especulando, aí é que vão dizer que minha vida é seguir os passos de Antonio Carlos Magalhães”, disse.
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