Após reajuste da luz e da gasolina, pão francês vai subir 12%


Depois do aumento da conta de luz e da gasolina, agora será a vez do tradicional pãozinho francês sofrer acréscimo em seu preço. Para o brasileiro, o alimento é indispensável, principalmente no café da manhã. Mas, se o consumidor que quiser manter o hábito, no entanto, deve preparar o bolso, já que o pão deve sofrer reajuste, em alguns pontos de venda, de pouco mais de 12% daqui a menos de um mês. O valor do quilo pode chegar a quase R$ 15.
 
No mês de fevereiro, algumas panificadoras já haviam aumentado o preço do produto, entre 6% e 10%. Porém, este acréscimo não havia sido repassado aos consumidores. Dono da padaria Degustar, que fica no bairro das Sete Portas, Crispiniano Barbosa, diz que, com as altas de alguns itens, ficará impossível segurar os atuais preços. “Na verdade, o aumento já era pra ter sido repassado antes. Com a crise que estamos passando, acaba afetando tudo. Até tive que demitir funcionários”, revelou.
 
Para o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador e dono de delicatessen, Deli&Cia, que fica no bairro da Graça, Mário Pithon, os principais vilões desse aumento, são, entre outros, a farinha, a energia, e a mão de obra. “Só com pessoal, tivemos um aumento, no mês de janeiro, de 6,26%. A energia, de 5%, com perspectiva de um reajuste ainda maior em maio. A farinha também aumentou cerca de R$ 4 por saca. Ou seja, com a atual situação, não temos como manter os preços”, analisou.
 
Segundo estatísticas, o Brasil consome mais de 12 milhões de toneladas de trigo por ano. O problema é que mais de metade desse quantitativo vem de fora do país, principalmente da Argentina. Além disso, o custo aos produtores varia, com o aumento sendo de acordo a cotação do dólar, que hoje está na casa dos R$ 3,12. O país sempre precisou importar trigo para atender a demanda interna. Para se ter uma ideia, o trigo representa 75% dos custos de produção da farinha, os outros 25% são mão de obra, sacaria, energia e transporte.

Postar um comentário

0 Comentários