Em quatro dias, 1.150 trabalhadores foram
demitidos pelos consórcios das obras da Ferrovia de Integração
Oeste-Leste (Fiol), que cruza a Bahia a partir da cidade de Ilhéus e
segue até Figueirópolis, no Tocantins (TO). A denúncia de demissão em
massa foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e
Montagem Industrial da Bahia (Sintepav). Ao G1, o governo estadual
apontou atraso na verba repassada pela União e citou a "deseleração da
manutenção dos empregos" por conta do estágio das obras. A Valec, a
empresa responsável pela construção, comenta que não há paralisação da
construção.
Na Bahia, a Fiol conta com cerca
de 5.868 trabalhadores. De acordo com o Sindicato, há ameaças de outros
desligamentos nos sete lotes. Operários demitidos caminharam pelas ruas
da cidade de Jequié, onde fica o Lote 2, em protesto nesta quinta-feira
(19). Na cidade, 700 dos 848 trabalhadores foram demitidos entre segunda
(16) e terça-feira (17), informa o presidente do Sintepev, que também é
deputado federal pelo PSB-BA, Bebeto Galvão. Ele diz que mais 150
trabalhadores de empresas terceirizadas ao consórcio foram demitidos.
No
mesmo período, 300 trabalhadores foram desligados no Lote 1, que fica
no município de Ipiaú. Sobre o Lote 7, em Barreiras (BA), Bebeto diz que
o consórcio responsável pelas obras anunciou a demissão de todos as 177
pessoas, que devem ser efetivadas até a próxima semana. Além de
demissões, o Sintepav relata que, no Lote 5A, em Guanambi (BA), os
funcionários estão parados desde 9 de março por falta de pagamentos.
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