O cantor Netinho foi internado novamente na noite
da quarta-feira (24) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após
sentir dores no pescoço, tontura e diplopia, mais conhecida como visão
dupla. Após passar por exames, os médicos detectaram que o baiano não
precisa mais da válvula instalada em seu cérebro.
"Vim
aqui no Hospital Sírio Libanês fazer uma revisão. Tudo excelente com
meus exames. Porém, olhem que maravilha, a equipe do Dr. Kalil está
fazendo testes em mim pois suspeitam que meu corpo não precisa mais da
válvula que instalaram no meu cérebro no ano passado. Vão retirá-la",
escreveu na madrugada desta quinta-feira (24) em sua página no Facebook.
Por
conta disso, Netinho deverá passar por uma nova cirurgia. "Não serei
mais um cantor valvulado, rsss... Cada vez mais estou ficando como eu
era. Em breve voltarei a dar meus saltos triplos carpados! Em algumas
semanas voltarei aos shows", completou.
Volta aos palcos
No
início de setembro, Netinho chorou ao falar sobre a volta aos palcos
após o AVC em uma entrevista à Fátima Bernardes, no programa Encontro. A
retomada da carreira aconteceu em Recife, no Manhattan Café Theatro,
nos dias 28, 29 e 30 de agosto. No repertório do show, intitulado de
'DNA Netinho', foram apresentados hits consagrados na carreira do
músico.
"Foi maravilhoso. Durante os dois anos
no hospital fiquei com muito tempo ocioso, então consegui refletir e
entender o poder e o significado da palavra. Passei a estudar muito
sobre física quântica e entendi que o ser humano, ainda bebê, já carrega
todos os arquétipos do que ele vai ser quando crescer, está no DNA. É
por isso que o meu novo CD se chama 'DNA'. Minha voz está pequena ainda,
fiquei tanto tempo no hospital sem falar e sem cantar, que ela está
fraca. É um músculo e precisa de exercício, que é o que estou fazendo",
explicou.
No programa, o cantor se emocionou
ao relembrar tudo que passou durante os sete meses que ficou internado,
mas ressaltou que as lágrimas eram de emoção: ele passou por algumas
cirurgias no cérebro, teve três AVCs, e chegou a ser desenganado pelos
médicos. Ele chegou a ficar depressivo por conta da situação. "Hoje digo
para as pessoas que tem depressão: saia. Só você pode sair. Depois da
terceira cirurgia no cérebro, fui dado como morto. Acordei três dias
depois. Nunca pensei em morte no hospital, só no período da depressão",
afirmou.
Ainda durante a conversa com Fátima
Bernardes, Netinho disse que após todo "sofrimento", consegue enxergar a
vida de uma forma diferente. "Em 2002, eu tinha tudo que o dinheiro
pode comprar, fama e sucesso, mas não tinha nada. Não tinha tempo para
ver a minha família, não vivia. Estava pálido e não tinha cor. Morava na
Bahia e não tinha tempo para pegar sol. Aí parei um ano em meio para
descansar. Em 2006, quando voltei, fiz essa tatuagem para simbolizar
isso: 'Nada como viver'. Depois de tudo o que eu passei, percebi que a
fé e a ciência estão caminhando juntas como nunca antes. Tem que ter
fé", contou.
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