O
estudante de Direito Cauê Batista de Oliveira, 25 anos, tem um passado
pesado: carregou durante anos 182 quilos distribuídos em 1,86 m de
altura. Ele conta que, desde a infância, nunca foi amigo da balança, mas
se mantinha dentro de uma faixa de peso que provavelmente não traria
dano à saúde.
Quando começou a trabalhar em
horários diversificados, se alimentava de fast food e, consequentemente,
engordou mais de 50 quilos em dois anos. A partir de então, começou a
ter problemas para dormir, a ter pressão alta e quase virou diabético.
Resolveu, então, dar um basta e perder todo o peso excessivo, mandando
embora 81 quilos.
“O cobrador do ônibus pediu
para eu descer senão eu ia quebrar a catraca. Eu tinha gastrite, meu
sono era ruim, tinha apneia do sono, sempre acordava cansado e minha
pressão subiu tanto uma vez que fiquei afastado do trabalho por um
tempo”, conta Cauê.
“No meio dessa viagem de
um mês, aconteceram várias coisas comigo. O cobrador do ônibus pediu
para eu descer senão eu ia quebrar a catraca, um grupo de pessoas ficou
zoando comigo pelo fato de eu ser gordo e eu não conseguia dormir em um
determinado colchão por causa do peso”, lembra.
Em
outra busca por um trabalho, Cauê foi recusado em uma entrevista.
“Minha mãe começou a achar que eu não tinha sido aprovado por
preconceito por estar acima do peso”, conta ele. E a decisão de
emagrecer partiu dali.
Cauê não consultou
nenhum médico ou nutricionista para começar a reeducação alimentar.
“Achei que não iria para frente com a decisão”, conta ele. O estudante
começou a cortar alimentos não saudáveis, como frituras e refrigerantes,
e substituir por alimentos amigos do corpo.
“Comia
pão integral, arroz integral e coisas assadas. Além disso, caminhava
meia hora por dia e pedalava mais 30 minutos”, conta. “Foi uma tortura
nos primeiros dias, a batata da perna queimava e tudo doía”, relembra
ele.
O resultado veio logo: terminou o
primeiro mês 12 quilos mais leve. “Comecei a ver resultados rápidos, e
aí quanto mais eu via o peso indo embora, mais fazia academia e mantinha
uma alimentação certa”.
Cauê adicionou outros
exercícios à caminhada e pedalada diárias. “Dançava, fazia boxe,
circuito, muay thai e natação”. Esse esforço o levou a eliminar 45% do
seu peso, chegando aos 101 quilos.
Por causa
do excesso de pele em decorrência do emagrecimento, o estudante de
direito passou por uma cirurgia recente. O período de recuperação não
permitiu exercícios na academia. Ele ainda pretende perder mais 10
quilos, para completar 50% de peso eliminado.
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