Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria
(CNI) mostrou, em setembro, que o índice de satisfação com a vida do
brasileiro caiu 1,8%, em comparação com junho. Com isso, o índice
alcançou 93,9 pontos, o mais baixo nível desde 1999, quando o indicador
trimestral começou a ser calculado. Em setembro de 2014, o índice chegou
a 103,8 pontos.
O índice de satisfação com a
vida leva em conta a opinião dos entrevistados sobre questões de
interesse das famílias, como, por exemplo, emprego e endividamento. A
CNI analisa o resultado da pesquisa com o objetivo de tentar prever o
comportamento do consumo nos próximos meses.
A
previsão leva em conta o provável comportamento dos consumidores: quanto
mais otimistas, maior o gasto. E, quanto mais insatisfeitos e com medo
de desemprego, menor é o consumo. O levantamento, feito entre 18 e 21 de
setembro, com 2.002 pessoas, em 140 municípios, faz comparações com os
dados sobre satisfação do brasileiro verificados em junho de 2015 e em
setembro de 2014 .
A maior queda do índice foi
registrada entre as pessoas com renda familiar menor. Entre os que
recebem até um salário mínimo, a satisfação com a vida caiu 13,5% em 12
meses. Na parcela da população que ganha mais de cinco salários mínimos,
o indicador recuou 3,9% em setembro frente a igual mês do ano passado,
informou a CNI.
A pesquisa da CNI indica também
que o Índice do Medo do Desemprego teve nova alta no mês passado e
aumentou 37,5% na comparação com setembro de 2014. O medo do desemprego,
que ficou em 105,9 pontos, é também o maior desde setembro de 1999.
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