Cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália, listaram novos
comportamentos que podem acelerar a morte. Se antes beber álcool demais
ou fumar eram fatores de risco, acrescente a essa lista passar mais de
sete horas sentado ou dormir mais de nove horas. As informações são do
Daily Mail .
Estudos anteriores identificaram
fatores de risco importantes: consumo de álcool, dietas pouco saudáveis,
sedentarismo e cigarros. Porém, ao combinar esses hábitos com os dois
novos (horas excessivas de sono e ficar sentado por muito tempo), o
resultado é uma bomba-relógio, segundo o relatório publicado no jornal
PLOS Medicine.
Hábitos pouco saudáveis causam
um terço das mortes, de acordo com os especialistas. Eles também
descobriram que participantes que passavam muito tempo sentados e
dormiam muito tinham as mesmas chances de morrer precocemente do que
fumantes que ingeriam uma grande quantidade de álcool.
O
estudo australiano ressalta que ir à academia não anula os danos de
passar o dia inteiro sentado no escritório. A chave é manter um estilo
de vida saudável.
A pesquisa foi feita ao longo
de seis anos, com 230 mil pessoas de 45 anos ou mais. De acordo com a
doutora Melody Ding, uma das pesquisadoras, “curtos e longos períodos de
sono foram separados como dois fatores de risco distintos, já que suas
ligações com a mortalidade podem ser explicadas por mecanismos
diferentes. A análise investigou quatro fatores de risco já conhecidos e
outros dois totalmente novos: ficar muito tempo sentado e dormir
demais”.
O novo estudo foi publicado após
pesquisadores americanos alertarem que o hábito de assistir muita
televisão é ligado com os oito maiores causadores de morte, incluindo
câncer, doenças hepáticas e Parkinson.
Pesquisadores
do Instituto Nacional do Câncer em Michigan descobriram que quem
assiste a mais de 3,5 horas de TV por dia têm chances de ter um ataque
cardíaco, problema ligado ao sedentarismo, diabetes, pneumonia e
Parkinson.
No começo do ano, outro alerta
surgiu na Universidade de Cambridge: quem normalmente dorme mais de oito
horas por noite tem duas vezes mais chances de ter um derrame,
especialmente mulheres.
Porém, pesquisadores
não conseguiram descobrir se essas pessoas dormiam demais porque já
estavam doentes ou se o perigo está realmente nas horas a mais passadas
na cama.
Neil Stanley, especialista em sono,
afirma que dormir por muitas horas é prejudicial, especialmente para
quem está acostumado a dormir pouco. O ideal é encontrar um equilíbrio.
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