Aconteceu na Catedral de
Nossa Senhora do Bom Conselho na noite deste domingo (20/12), a missa de
abertura do Ano da Misericórdia na Diocese de Amargosa, que foi aberto
no Vaticano pelo Papa Francisco no último dia 8 de dezembro e segue até a
Festa de Cristo Rei em novembro de 2016.
A missa foi presidida pelo Bispo Emérito
Dom João Nilton, foi concelebrada pelo padre Almiro Rezende,
administrador diocesano, e por outros padres presentes. Esta celebração
também foi em ação de graças pelos 36 anos da Rádio Clube e 46 anos de
ordenação do Bispo Emérito Dom João.
Dom João iniciou sua homilia comentando
sobre a importância da Rádio Clube de Santo Antonio de Jesus que está
completando nesta segunda-feira (21/12) 36 anos de existência. “Estamos
agradecendo a Deus por mais um aniversário desta emissora que faz chegar
a tantos cantos da Bahia e fora do estado, não somente notícias e
músicas, mas mensagens religiosas que nos ajudam no processo de educação
da nossa Fé”, disse.
Sobre
o Ano da Misericórdia, Dom João refletiu sobre o povo que com sua
razão, orgulho e vaidade pretende ser Deus, ou mais do que Deus, o que
abre um abismo entre a humanidade e Deus, “mas Deus não se deixa vencer
pelo orgulho e nos assegura a sua eterna presença nos oferecendo o que
tem de melhor – O SEU AMOR”, pontuou.
Segundo Dom João, falar de misericórdia é
entrar no amor de Deus que nos ver pecadores e mesmo assim nos ama, e
sempre nos dar uma oportunidade de voltarmos para ele. “Sabemos e
podemos compreender isso olhando a realidade do nosso tempo. Por que
guerras? Por que conflitos entre povos e irmãos? Por que fome? Por que
miséria? Por que escravidão? Por que discriminação? Por que tanto
abandono, descaso e desrespeito à vida humana?”.
Ainda de acordo com Don João, isso não é
um fenômeno da natureza, é uma realidade humana, porque Deus não quer o
mal. “O mal é fruto do nosso egoísmo, do fechamento do nosso coração
para o Pai. Creio que quando fechamos o nosso coração para Deus, o mal
começa a corroer a nossa vida, pois sempre que tomamos consciência da
nossa falta de amor ao próximo, nos percebemos fazendo algum tipo de mal
com o nosso irmão, que pode ser com uma palavra, um gesto ou uma
atitude. Enfim, damos constantemente lugar para o pecado em nossa vida”,
contou.
O bispo concluiu falando sobre o fim da
maldade no mundo. “Isso vai acontecer quando aprendermos a nos olharmos
como irmãos, e não nos odiarmos e não nos detestarmos…”, refletiu Dom
João. (Hélio Alves/Tribuna do Recôncavo | Reportagem: Rádio Clube AM)
0 Comentários