Redução da campanha eleitoral tornou Carnaval político mais morno em ano de eleição

Para quem se acostumou com revelações políticas no período do Carnaval, a Folia de Momo de 2016 deixou a desejar. O encurtamento do processo eleitoral – que agora passa a ter 45 dias – foi a principal desculpa utilizada por interlocutores políticos para sugerirem o clima morno para se falar das urnas.

Tanto que os holofotes ficaram divididos entre o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o governador Rui Costa (PT) – com direito a polêmicas requentadas a exemplo do protagonismo da festa e a exclusividade da venda de cervejas nos circuitos da folia.

Do lado da prefeitura, os possíveis vices, leia-se Luiz Carreira, Silvio Pinheiro, Bruno Reis e, dentro do espaço do ego da vice-prefeitura, Célia Sacramento, ficaram nas sombras do chefe do Palácio Thomé de Souza – estratégia político-eleitoral típica para quem deve se candidatar à reeleição.

Entre os aliados do governador, os prováveis candidatos do PT, Juca Ferreira, Valmir Assunção e Gilmar Santiago pouco apareceram; Alice Portugal (PCdoB) centrou o discurso no debate da cervejaria e contra a prefeitura – sem surpresas -; e Pastor Sargento Isidório (Pros) seguiu invisível para a imprensa na festa da carne (pecado na concepção religiosa, talvez).

Diferente de 2014, quando João Leão apareceu como vice de Rui na Festa de Momo, e de 2012, quando muito se especulava sobre a sucessão de João Henrique, o Carnaval de 2016 ficou aquém de revelações políticas. Ponto para ACM Neto que conseguiu demarcar-se como favorito à reeleição e para o governador Rui Costa, que se consolidou como contraponto ao protagonismo na organização da festa.

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