Com crise econômica, brasileiros trocam itens de lazer por opções mais baratas

Enquanto os bares e restaurantes amargam a queda nas vendas, os consumidores tentam de tudo para economizar. E na hora de fazer os cortes no orçamento, 71,3% dos brasileiros optaram por abrir mão dos itens de lazer ao deixar de sair com amigos para bares e restaurantes.
 
É o que aponta uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil, que mostrou ainda que 85,9% dos consumidores se viram obrigados a ajustar o orçamento doméstico por conta do aumento do desemprego e da queda da renda. “O consumidor vai tentando fazer algum tipo de ajuste aos poucos. Pesquisam mais, trocam de marca até deixar de fazer alguma compra”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
 
Ainda segundo ela, o corte nos itens de lazer é reflexo das trocas que foram feitas pelo consumidor. “Tem muita gente que está insegura no emprego ou que conhece alguém que está desempregado e isso diminui a confiança do consumidor e impacta diretamente na mudança de seus hábitos de consumo”, pontua a economista.
 
O arquivista Rafael Botelho é um desses consumidores que trocaram a badalação dos barzinhos e restaurantes pelo sofá de casa. “Não saio para evitar gastos. Estou procurando guardar mais do que gastar mais. Acabo ficando em casa mesmo, assistindo um seriado”, conta.
 
Focado em garantir uma boa reserva financeira, ele concorda que o primeiro corte que é feito por quem quer economizar é nos gastos com diversão. “Geralmente sempre encontrava os amigos para um happy hour, mas está tudo muito caro. Seja show, teatro ou qualquer outro evento, os preços são absurdos. Então a gente acaba sendo obrigado a cortar e buscar outras maneiras para se divertir”.
 
Para Marcela Kawauti, do SPC Brasil, o empresário precisa perceber esta mudança de hábitos e repensar o seu negócio se quiser vencer a crise. “O empresário que está perdendo esse público precisa entender que o consumidor mudou e oferecer alternativas para que o público possa gastar menos sem deixar de gerar rentabilidade para o negócio”, orienta.   

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