Orquestra Reggae de Cachoeira transforma a vida de jovens no Recôncavo

Desde 2012, a Orquestra Reggae de Cachoeira (ORC) encanta o público com a mistura de ritmos e transforma a vida de jovens do Recôncavo Baiano. O grupo foi criado pelo maestro Flávio Santos, que uniu o conhecimento e a experiência em filarmônicas ao ensino da prática de conjunto e do domínio de instrumentos musicais.

”Meu primeiro contato com música foi em 1996, sendo coroinha da Igreja [Católica], tocando instrumento de melodia. [Depois] entrei na fanfarra de Cachoeira. Isso me encantou também de [querer] ser um músico, de querer participar da música. A Orquestra Reggae de Cachoeira foi uma coisa que eu sempre sonhei. Respeitando o lado da filarmônica e o lado do reggae, fiz essa união”, explica o maestro.
 
O projeto, que faz parte da série especial de vídeos produzidos pela Secretaria de Comunicação Social do Governo da Bahia (Secom) sobre o poder de transformação pela educação, reúne crianças e jovens predispostos a uma diferenciada formação musical. No repertório, além do reggae, os participantes aprendem jazz, blues, ska, rockstead e pop.
 
Para alguns desses jovens, a Orquestra representa o primeiro contato com o mundo da música. “Foi uma das maiores oportunidades da minha vida. Eu nunca imaginei fazer parte de um grupo como esse, com pessoas que eu gosto e fazendo o que eu gosto. E eu tenho um sonho de seguir na carreira de música e ser regente de uma orquestra futuramente”, afirma Riane Mascarenhas, que atua como baixista na Orquestra. 
 
Para a flautista Taís Sampaio, a Orquestra também simboliza a esperança de um futuro de oportunidades. “No meu futuro, eu quero, através da música, conhecer vários outros lugares”. Em 2015, o grupo realizou diversos ensaios e apresentações no Cine Theatro Cachoeirano após ser contemplado pelo Edital Setorial de Música, financiado pelo Fundo de Cultura da Bahia (FCBA).
 
Morador de Cachoeira, o museólogo Jomar Lima ressalta a importância do apoio do Governo do Estado à Orquestra. “De alguns anos para cá, o Flávio vem desenvolvendo um trabalho junto com a meninada. Se não fosse esse apoio das políticas culturais do Estado, muitos grupos desses já não existiram”.

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