”Meu primeiro contato com música foi em 1996, sendo coroinha da Igreja [Católica], tocando instrumento de melodia. [Depois] entrei na fanfarra de Cachoeira. Isso me encantou também de [querer] ser um músico, de querer participar da música. A Orquestra Reggae de Cachoeira foi uma coisa que eu sempre sonhei. Respeitando o lado da filarmônica e o lado do reggae, fiz essa união”, explica o maestro.
O projeto,
que faz parte da série especial de vídeos produzidos pela Secretaria de
Comunicação Social do Governo da Bahia (Secom) sobre o poder de
transformação pela educação, reúne crianças e jovens predispostos a uma
diferenciada formação musical. No repertório, além do reggae, os
participantes aprendem jazz, blues, ska, rockstead e pop.
Para
alguns desses jovens, a Orquestra representa o primeiro contato com o
mundo da música. “Foi uma das maiores oportunidades da minha vida. Eu
nunca imaginei fazer parte de um grupo como esse, com pessoas que eu
gosto e fazendo o que eu gosto. E eu tenho um sonho de seguir na
carreira de música e ser regente de uma orquestra futuramente”, afirma
Riane Mascarenhas, que atua como baixista na Orquestra.
Para
a flautista Taís Sampaio, a Orquestra também simboliza a esperança de
um futuro de oportunidades. “No meu futuro, eu quero, através da música,
conhecer vários outros lugares”. Em 2015, o grupo realizou diversos
ensaios e apresentações no Cine Theatro Cachoeirano após ser contemplado
pelo Edital Setorial de Música, financiado pelo Fundo de Cultura da
Bahia (FCBA).
Morador de Cachoeira, o
museólogo Jomar Lima ressalta a importância do apoio do Governo do
Estado à Orquestra. “De alguns anos para cá, o Flávio vem desenvolvendo
um trabalho junto com a meninada. Se não fosse esse apoio das políticas
culturais do Estado, muitos grupos desses já não existiram”.
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