De acordo com a oncologista e coordenadora do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, Mariana Laloni ao Estadão, "a síntese dos hormônios produzidos pela tireoide necessita da presença do iodo. A deficiência ou o excesso dele na dieta pode estar associado a um maior risco de desenvolvimento do câncer de tireoide", explica Mariana Laloni, oncologista e coordenadora do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho.
O câncer de tireoide se manifesta, inicialmente, como um nódulo que aparece no pescoço e pode ser detectado pelo médico em um exame clínico. Na maior parte das vezes, ele é assintomático e somente o nódulo vai indicar a presença de alguma doença. No entanto, 90% desses nódulos são benignos e o diagnóstico do câncer só é possível a partir de uma biópsia feita diretamente nele.
São considerados fatores de risco para a doença histórico familiar de câncer de tireoide e tratamentos prévios com radiação para cabeça, pescoço e tórax. Também já é comprovado que há maior incidência em mulheres entre 30 e 50 anos. De acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de tireoide já é o quinto mais comum em mulheres.
O tratamento do câncer de tireoide é feito com a retirada da glândula e os nódulos considerados anormais. Ainda pode ser administrado terapias contendo iodo radiativo. "Nesse caso o paciente passa a ingerir uma pequena quantidade de iodo radioativo para destruir o tecido tireoidiano não removido na cirurgia", explica a Mariana.
Ainda pode ser utilizado inibidores da tirosina quinase, como o sorafenibe, medicamento aprovado pela Anvisa em 2015 para o tratamento do câncer de tireoide, que atua como inibidor do crescimento do câncer. Na falha dessa alternativa de tratamento ainda pode ser usada a quimioterapia convencional.
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