Proposta de 'vaquinha' para libertar ex-BBB acusado de estupro causa indignação na web

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A sugestão de uma vaquinha para conseguir arrecadar dinheiro e libertar o ex-BBB Laércio de Moura, preso suspeito de estuprar uma menina de 13 anos, em 2012, movimentou as redes sociais nesta segunda-feira (16). O ex-brother foi o assunto mais comentado do Twitter brasileiro hoje. Ele nega a acusação de estupro de vulnerável. A proposta de vaquinha foi feita por um perfil com o nome de Laércio, que seria mantido pela assessoria do brother - a conta não é verificada. Uma enquete queria saber se os seguidores concordariam em fazer doações para Laércio. Foram mais de 21 mil votos até agora, 94% deles contra a ideia, e muitos comentários críticos à ideia. Em depoimento, Laércio negou as acusações. Ele foi preso preventivamente na manhã desta segunda em Curitiba e foi ouvido à tarde. Apesar da proposta de vaquinha, a delegada Daniela de Andrade, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), afirmou que não cabe fiança para o crime de estupro de vulnerável. O ex-BBB não entrou em detalhes. "Prestou depoimento na frente do advogado, negou os fatos e preferiu não se manifestar", afirmou a delegada. Além da suspeita de estupro, Laércio responde também pela suspeita de fornecer bebida alcoólica a menores de idade. “Acusação é infundada porque ele é acusado de praticar estupro de menor vulnerável e ele mal conhece essa menina. Só tiveram amizade virtual, nada ultrapassou do campo virtual. Não teve conjunção carnal”, disse ao G1 o advogado Ronaldo Santiago, que representa o ex-BBB. Ele afirma ainda que na época a menina mentiu a idade, se passando por maior. A Polícia Civil do Paraná divulgou trechos de conversas de Laércio com a menor. As investigações do caso começaram há três meses, a pedido do Ministério Público do Paraná, que aceitou denúncias feitas por telespectadores do BBB. No programa, o designer de tatuagem falou várias vezes que gostava de se relacionar com garotas mais novas. Ele foi atacado por Ana Paula, que chegou a chamá-lo de "pedófilo". Em depoimento à polícia, a vítima em questão, atualmente com 17 anos, confirmou as acusações à polícia. Foi ela quem forneceu os prints das conversas que teve com Laércio, que deixam claro que ele tentava esconder sua relação com a menor. "Só vão descobrir se você vacilar e falar pra alguém", diz Laércio em determinado ponto. Os policiais também apreenderam aparelhos eletrônicos do tatuador, como computador e telefone celular. De acordo com a delegada-adjunta do Nucria, Patrícia Nobre, a base para as investigações foram as redes sociais. A apuração continua, atrás de outras possíveis vítimas.

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