Não foi lá um grande teste, pelas limitações do
adversário. A seleção brasileira, porém, fez o que tinha de fazer.
Venceu o Panamá por 2 a 0, neste domingo (29), no estádio Dicks Sporting
Goods Park, em Denver, no único amistoso antes da estreia na Copa
América Centenário, nos Estados Unidos. No sábado, contra o Equador, no
estádio Rose Bowl, em Pasadena, na Califórnia, será para valer.
A
rigor, o Panamá é como aquele sparring contratado para apanhar e
permitir que o boxeador aperfeiçoe os seus golpes para a luta que
realmente vale. Foi o que fez. Postou-se de maneira defensiva,
permitindo à seleção treinar alguns aspectos.
Um
deles, que já vinha sendo exercitado e pode vir a se tornar tônica na
Copa América Centenário, é o toque paciente de bola até que apareça os
espaços. O problema é que, como o Panamá não forçou na marcação, não foi
possível avaliar como os brasileiros se sairão quando forem
pressionados na saída de bola.
A seleção
também buscou no primeiro tempo viradas de jogo e trocas de posições,
principalmente com os homens de meio. Mas o time cometeu alguns erros de
posicionamento defensivo e, na bola alta que foi contra a área
brasileira, os zagueiros foram superados. Individualmente, destaque para
Phillipe Coutinho, com algumas boas arrancadas e objetividade nas
conclusões a gol.
Como o Panamá se comportou
de maneira subserviente, o primeiro tempo, disputado sob sol fraco
banhando parte da arquibancada e vez ou outra com um ventinho chato, foi
morno. Incapaz de empolgar os torcedores, muitos deles brasileiros que
vivem nos Estados Unidos. Nem o gol de Jonas logo aos 2 minutos, quando o
Panamá praticamente não havia tocado na bola, fez a "galera" explodir.
A
arquibancada só se levantou mesmo quando uma torcedora invadiu o campo
para tentar fotografar os jogadores. A torcida sorriu dos dois tombos
que ela levou e vaiou quando, pelo desatino, acabou algemada e presa. No
mais, pouca vibração até nas três ou quatro boas chances de gol da
seleção.
O técnico Dunga percebeu que o Panamá
não iria atacar e fez uma alteração interessante: Hulk no lugar de Luiz
Gustavo. Elias foi recuado para primeiro volante e Renato Augusto
também foi posicionado mais atrás.
O jogo até
ficou mais animado, o goleiro Penedo fez defesa incrível em cabeçada de
Hulk. Com o passar do tempo, Dunga, preocupado com o estado físico dos
jogadores, optou por algumas mudanças que serviram tanto para novos
testes como para preservar alguns jogadores mais desgastados. Lucas Lima
e Gabriel entraram.
Ambos entraram bem. A
seleção se manteve no ataque e Gabriel aproveitou uma falha da zaga
panamenha para fazer 2 a 0. Na comemoração, foi abraçar Dunga em
agradecimento pela oportunidade. A vitória e a festa estavam garantidas.
Para a torcida, ficou ainda melhor com a entrada de Kaká. Não pelo que
fez em campo, mas porque, sem Neymar, ele é o maior ídolo da seleção.
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