Os dados das fraudes no programa Bolsa Família na
Bahia são intrigantes. Um levantamento feito pelo Ministério Público
Federal mostra que entre 2013 e 2014, o estado ficou em primeiro lugar
no ranking de pagamentos suspeitos em todo o país, com uma cifra de R$
642 milhões.
Segundo informações divulgadas
pelo jornal A Tarde, o maior número de pagamentos indevidos na Bahia foi
para servidores públicos: 145.572, o que representou um gasto do
programa de R$ 401,9 milhões. Depois, o segundo maior número de beneficiários irregulares foi de empresários, onde 90.172 cadastrados levaram R$ 236 milhões.
Em
seguida, o número de pessoas consideradas já mortas e que tiveram os
benefícios sacados foi de 17.708, parcela que representou um gasto de R$
25,9 milhões. Também foi identificado que 5.528 mil doadores de campanha receberam R$ 15,3 milhões durante os anos analisados. O
MPF ressaltou, no entanto, que a soma entre os segmentos não fecha em
R$ 642 milhões, uma vez que um mesmo beneficiário pode estar
classificado como doador e servidor ao mesmo tempo.
Em
sua passagem na última semana por Salvador, o ministro do
Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, disse que o programa
passará por verificação e haverá uma atualizaçao da base de dados para
evitar novos casos de irregularidades.
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