Dezenove pessoas ficaram feridas em guerras de
espadas até a manhã desta sexta-feira (24), em Senhor do Bonfim, na
região norte da Bahia. Apesar de perigosa, a tradição é mantida pelas
famílias da cidade, que aguardam a chegada do São João para dar início a
manifestação cultural.
O bairro da Gamboa, no
município, é ponto de encontro dos "Espadeiros da Gamboa", grupo com
mais de 70 participantes que se reúne para guerrear há mais de 50 anos.
Durante a guerra, os espadeiros usam roupas e capacetes para se proteger
das espadas, mas não dispensam a oração para pedir proteção antes de
dar início a tradição.
Em média, cada espadeiro leva 100 espadas para guerra, e algumas famílias chegam a gastar mais de mil reais com o arsenal. Cruz das Almas: Na
cidade que fica a cerca de 140 quilômetros de Salvador, a guerra de
espadas está proibida desde 2011, mas a lei ainda é desobedecida por
muitas pessoas durante os festejos de São João. No município, a tradição
já acontece há mais de 150 anos.
A
Polícia Militar costuma realizar rondas e fazer abordagens, mas após as
saídas das viaturas, os espadeiros voltam a se movimentar pelas ruas da
cidade. Entre quinta-feira (23) e a manhã desta sexta, o Hospital de
Cruz das Almas atendeu 17 pessoas com queimaduras leves por causa da
guerra de espadas.
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