ça dos fogos juninos
A data que marca o início do inverno no Brasil, 21
de junho, é também o Dia Nacional do Controle da Asma. Neste dia,
médicos, organizações e planos de saúde, a exemplo do Planserv –
Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais, buscam alertar a
população sobre uma das doenças que mais levam os cidadãos aos serviços
de urgência.
Na região nordeste, neste
período, a inalação de fumaça proveniente da queima de fogos de
artifício, comuns nos festejos juninos, costuma piorar a situação. “O
melhor é evitar o contato”, sugeriu a pneumologista credenciada ao
Planserv, Marta Leite.
Segundo a médica, uma
crise asmática pode ser desencadeada quando o paciente se expõe a
substâncias transportadas pelo ar, tais como fumaça, sobretudo provocada
por cigarro e fogos; ácaros; poeira; pelos de animais; poluentes
ambientais; mofo; substâncias químicas (tintas, desinfetantes e produtos
de limpeza) e infecções virais (gripe), além de certos medicamentos.
“Fatores emocionais e atividade física intensa também podem provocar
irritação das vias aéreas”, disse.
A doença - A
asma é uma doença inflamatória crônica dos brônquios, vias por onde
entra e sai o ar que respiramos. No asmático, a passagem do ar é
dificultada porque os brônquios sofrem estreitamento causado pela
contração dos músculos ao seu redor e pelo aumento da produção de
catarro, também provocado por uma inflamação.
Segundo
a Organização Mundial de Saúde (OMS), 300 milhões de pessoas no mundo
convivem com a asma. No Brasil, a doença atinge cerca de 20 milhões de
brasileiros e é responsável por cerca de três mil mortes por ano, sendo a
quarta causa de internação, afetando indivíduos de todas as idades,
embora seja mais frequente na infância.Sintomas.
No
inverno, os casos de internação por doenças respiratórias aumentam de
35 a 50%. Nessa estação, as crises de asma tendem a aumentar porque o
frio deixa as vias aéreas mais sensíveis e as infecções virais, como a
gripe, são mais frequentes. Os sintomas mais comuns da asma são: tosse
(seca ou com catarro), chiado no peito, falta de ar e sensação de aperto
ou opressão.
“Esses sinais podem variar de
pessoa para pessoa, assim como a intensidade deles. Para confirmar o
diagnóstico da doença, é importante realizar a espirometria, exame que
mede a quantidade de ar que o paciente consegue expirar. Os resultados
permitem perceber se existe obstrução à passagem do ar nas vias aéreas,
principal característica da asma”, explicou Marta Leite.Tratamento.
Apesar
de não existir cura para a asma, a doença pode ser controlada.
Atualmente, a medicina dispõe de uma vasta gama de medicamentos para
tratar e controlar a asma. Seu uso deve ser sempre orientado por um
médico pneumologista, após uma avaliação criteriosa.A médica Marta Leite
explica que as medicações para asma são divididas em dois grupos: as
que servem para tirar o paciente da crise aguda e aquelas que controlam a
inflamação a fim de evitar as crises.
“Estes
últimos devem ser utilizados de forma continuada, mesmo fora da crise. A
via preferencial para utilização é a inalatória, porque permite que a
medicação seja administrada diretamente no pulmão. Desta forma, a ação é
mais rápida e a dosagem, menor, o que acarreta menos efeitos
colaterais”, detalhou a médica.
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