De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e
Ortopedia, 27 milhões de brasileiros apresentam dores na coluna. E são
vários os fatores que contribuem para essas dores. “As causas mais
comuns são o sedentarismo, as posturas corporais inadequadas adotadas no
trabalho, em frente ao computador, ao falar no celular, em atividades
físicas mal orientadas, em quadros de obesidade ou até mesmo em momentos
de lazer”, explica a fisioterapeuta da Clínica de Fisioterapia da
Universidade Positivo, Christina Cepeda. Segundo a Organização Mundial
de Saúde (OMS), estima-se que 80% da população mundial sofrerá ao menos
um episódio de dor nas costas na vida. E por ser tão comum, muitas vezes
é subestimada. “Mas essas dores podem significar desde processos
degenerativos próprios do processo de envelhecimento como artrose,
hérnia de disco, espondilolistese (escorregamento de uma vértebra) ou
até mesmo um tumor”, conta Cepeda. O diagnóstico das dores nas costas é
muito banalizado – muitas vezes, elas são encaradas apenas como “mau
jeito”. Esse “mau jeito”, no entanto, pode evoluir para uma doença
crônica, inflamatória e, potencialmente, incapacitante. É importante
prestar atenção na frequência dessas dores, pois é isso o que diferencia
a dor de aguda da crônica. A primeira é uma dor momentânea, que
dependendo do caso passa em poucos dias, já a crônica ultrapassa três
semanas, necessitando de um acompanhamento médico. É evidente que nem
todo desconforto será, necessariamente, uma emergência, mas é preciso
ficar atento às mensagens que o corpo transmite, afinal, prevenir é
sempre melhor do que remediar. “Procurar realizar atividades físicas
orientadas, manter boa postura corporal durante o desenvolvimento das
atividades laborais, ao celular, em frente à TV e na posição sentada,
evitar permanecer no computador deitado na cama, cuidar do peso
corporal, evitar carregar muito peso, não ultrapassar 10% do peso
corporal em bolsas e mochilas, no caso de mochilas, utilizar as duas
alças próximo ao corpo, enfim, procurar ser mais ativo e cuidar do
corpo”, exemplifica a fisioterapeuta. A coordenadora da Pós-Graduação da
Universidade Positivo e especialista em Fisioterapia
Traumato-Ortopédica Funcional, Rúbia Bennatti, orienta a não fazer uso
de medicamentos sem o conhecimento de um profissional da área. “Muitas
vezes, as pessoas são mal orientadas em relação aos cuidados com a
coluna e, frequentemente, mesmo quando os conhecem, os cuidados são
tomados somente nos momentos de dor”, afirma. “As dores geralmente são
passageiras, porém, quando intensas e repetidas, é primordial que um
especialista oriente os medicamentos e cuidados adequados àquele
tratamento”, completa.
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