Segundo a pesquisadora Vanessa Biscola, do Centro de
Pesquisa em Alimentos (FoRC - Food Research Center), a intolerância
está ligada ao açúcar do leite: a lactose. O indivíduo intolerante à
lactose não produz quantidades suficientes da enzima que quebra o
açúcar, responsável pela digestão da lactose. Sem ser digerido, esse
açúcar chega ao intestino grosso, onde será fermentado pelas bactérias
ali presentes. E então o indivíduo intolerante poderá ter diarreia,
gases, cólica por acidificação.... Já a alergia ao leite não tem nada a
ver com o açúcar: ela é ligada às proteínas do leite. De acordo com
Vanessa, as alergias alimentares, em sua maioria, estão conectadas às
proteínas dos alimentos. No caso da alergia ao leite, o indivíduo
consegue digerir as proteínas, mas, quando elas caem no sistema
linfático e entram no organismo, são reconhecidas como corpos estranhos
que devem ser atacados. "As células de defesa atacam aquela proteína
porque estão com a informação trocada e confundiram-na com algo que vai
fazer mal ao indivíduo." Fique atento: o principal alérgeno do leite, a
betalactoglobulina, é também o principal ingrediente de fórmulas de
"whey protein" que os frequentadores de academia consomem. Entre as
proteínas mais alergênicas do leite estão ainda três tipos de caseínas
(alfa S1, alfa S2 e beta caseínas), e também a alfalactalbumina.
0 Comentários