Mais da metade da população brasileira acredita
que o melhor para o país é a realização de uma nova eleição presidencial
ainda este ano, com a saída de cena da presidente afastada Dilma
Rousseff e do presidente interino, Michel Temer, de acordo com pesquisa
do instituto Ipsos divulgada nessa terça-feira (26).
O
instituto perguntou a 1,2 mil entrevistados “O que é melhor para o
Brasil?”, com quatro opções de resposta: permanência de Temer até 2018;
retorno de Dilma até 2018; permanência de Temer com convocação de nova
eleição este ano; e retorno de Dilma com convocação de nova eleição este
ano.
A maior parte dos entrevistados, 38%,
respondeu que o melhor cenário seria que Temer permanecesse no cargo
somente até a realização de uma nova eleição este ano. Outros 14%
optaram pelo retorno de Dilma até o novo pleito. Somadas as duas
respostas, o levantamento mostra que a maioria, 52%, é a favor da
convocação de novas eleições, independentemente do desfecho do processo
de impeachment.
A opção menos escolhida, com
14%, foi a permanência de Temer até 2018. Em relação a Dilma, 20% dos
entrevistados responderam que o melhor para o país seria que a petista
cumprisse seu mandato até o final, em 2018.
Conforme
as regras determinadas pela Constituição, uma nova eleição presidencial
está prevista somente para 2018. A antecipação do pleito é permitida
somente no caso de renúncia simultânea de Dilma e Temer. Também há a
possibilidade de que uma proposta de emenda à Constituição (PEC) seja
aprovada pelo Congresso para autorizar uma nova eleição. No entanto,
ambos cenários são considerados improváveis.
A
pergunta sobre o cenário político foi inserida em um estudo mensal mais
amplo sobre o Brasil chamado Pulso, realizado mensalmente desde 2005
pela Ipsos, instituto presente em outros 86 países.
Segundo
a pesquisa, o apoio popular ao processo de impeachment caiu. Em julho,
48% dos entrevistados disse apoiar o impedimento definitivo da
presidenta afastada, contra 54% em junho. Entre os que disseram não
apoiar o processo de impeachment, o porcentual subiu de 28% para 34% em
julho ante o mês anterior.
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