A Raiva é uma doença famosa pelo contágio dos humanos através do
cachorro. Também é lembrada com tristeza porque, quando o animal a
contrai, precisa ser sacrificado. Apesar de ser uma doença conhecida por
ser transmitida através dos caninos, ela também pode chegar ao homem
através de outros animais.
Tomar a vacina logo após o contagio é de extrema importância para a recuperação do paciente. Além
dos cachorros, outros animais podem ser infectados: gatos, porcos,
cavalos e até morcegos podem transmitir raiva para o ser humano. Apesar
disso, o tratamento existente é mais voltado para humanos que foram
contaminados através de cães e gatos, como explica infectologista do
Hapvida Maria Alice Senna.
“Fora cães e
gatos, desconhece-se o período de incubação da doença nas demais
espécies animais, não sendo, por esta razão, factível de se determinar o
período de observação clínica para descartar a doença no animal e, por
conseguinte, determinar o término do período de risco da aquisição da
doença nos humanos”, explicou a infectologista.
A
médica também fala sobre como a doença é transmitida. “A raiva é
transmitida ao ser humano através do contato de pele não íntegra e
mucosas com saliva animal e/ ou mordedura e arranhadura de animais que
podem albergar o vírus. Em nosso meio, os principais agressores são os
animais domésticos: cães e gatos; entretanto, todos os mamíferos são
susceptíveis ao vírus, podendo transmiti-lo”, disse.
Maria
Alice Senna também explica quais são os sintomas que a pessoa sente
após o contágio da raiva. “A raiva pode se manifestar, inicialmente, com
sintomas inespecíficos, associados a um desconforto no local da
mordedura – tipo formigamento -, no trajeto dos nervos acometidos, além
de alterações comportamentais. A doença progride, aparecendo
manifestações de febre, delírios, ansiedade, excitabilidade, espasmos
musculares, convulsões, chamando a atenção a possibilidade de ocorrência
de espasmo dos músculos da língua, faringe e laringe quando tenta
ingerir líquido associado a intensa salivação. O paciente mantém-se
consciente, com períodos de alucinações e delírios, progredindo para
coma e morte”, afirmou a especialista do Hapvida.
Por
fim, a infectologista disse que o tratamento desta doença é bastante
simples e deve ser realizado em uma unidade de saúde que possua os
recursos suficientes. “Como não existe um período de incubação bem
definido para a raiva humana e, em face da gravidade da doença, todos os
indivíduos que tiveram contato de risco com animais passíveis de
transmitirem a raiva deverão ser avaliados em unidade de saúde para
análise da indicação de serem submetidos, a qualquer tempo, à
imunoprofilaxia, não havendo, a princípio, contraindicações para uso da
vacina, nem da imunoglobulina ou soro antirrábicos.”, completou a
especialista.
Na Bahia, o hospital
especializado no combate a raiva é o Hospital Couto Maia. Lembrando que a
vacina contra a raiva pode ser encontrada nos postos de saúde
espalhados pelo estado e esta distribuição para a população é feita de
maneira gratuita. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) disse que casos
de raiva humana não foram registrados desde 2004, porém ela garantiu
que as vacinas para a patologia estão disponíveis nos postos de saúde do
município em todas as épocas do ano.
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