
Quase 10% dos alunos do 9º ano do Ensino
Fundamental matriculados em escolas da Bahia já utilizaram o crack. Os
números foram apresentados nesta sexta-feira (26) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa
Nacional de Saúde Escolar (PeNSE).
Com 9,9%
dos 183.491 estudantes ouvidos declarando que já experimentaram drogas
ilícitas e consumiram crack nos dias anteriores à pesquisa, feita em
2011, a Bahia fica acima da média nacional, que é de 5,5%. Quem
também ultrapassa a média brasileira é a região Nordeste, com 8,6% dos
estudantes do 9º ano tendo declarado que consumiram crack nos 30 dias
anteriores à pesquisa. Salvador tem média de 3%, ficando abaixo da média nacional.
Na
capital, 5,9% dos que declararam ter usado crack eram do sexo masculino
- nenhuma mulher declarou - e 14,4% estudavam em escolas da rede
privada - 1,1% eram alunos de escolas públicas. Já
quanto ao uso da maconha, são os estudantes soteropolitanos quem ficam
acima da média nacional: 49,9% dos estudantes declararam ter
experimentado drogas ilícitas e fumado maconha nos 30 dias anteriores à
pesquisa.
A maioria deles também
estudava em escolas privadas - 56,3%. A Bahia (43,3%) e o Nordeste
(41,6%) ficaram abaixo da média em percentual de estudantes que contaram
ter experimentado drogas e usado maconha. A pesquisa não aponta os
meios pelos quais os adolescentes, entre 12 e 16 anos, tiveram acesso às
drogas.
Saúde Sexual e Violência
Do
total de baianos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental que respondeu à
pesquisa, 4,1% disseram já terem sido forçado a manter uma relação
sexual. O percentual na Bahia é maior do que a média nacional, de 4%.
Quando a vítima é do sexo feminino, a média baiana também é maior -
4,4%, contra 4,3% no Brasil. A maior parte das vítimas de estupro disse
estudar em escolar públicas (4,4%), contra 2% em escolas privadas.
Em
Salvador, a média é abaixo das capitais nacionais (3,7%). Mesmo assim,
3,3% estudantes disseram ter sofrido relações sexuais forçadas e a média
de meninas é ainda maior (3,9%) - 4,2% estudam em escolas públicas e
1,7% em escolas particulares.
Do total de
meninas baianas que disseram já ter tido relações sexuais, 15,6%
contaram já ter engravidado. O percentual é acima da média nacional
(9%). Em Salvador, 6,2% das meninas que declararam ter tido relações
sexuais, 6,2% engravidaram.
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