A adolescente de 13 anos cuja família denunciou à
polícia abuso cometido por um ex-professor de geografia do Colégio
Anchieta, em Salvador, mudou de escola após ter sido vítima de
"comentários maldosos de colegas", informou nesta última quarta-feira
(14), a advogada da família da jovem.
Raul
Rodrigues Guimarães Neto, de 29 anos, foi indiciado pelo crime de
estupro de vulnerável no dia 1º de junho. O professor pediu demissão da
unidade de ensino e, de acordo com polícia, está foragido e teria
viajado para a Espanha.
"Ela [a vítima] saiu
da escola depois da descoberta do fato. Não era possível mantê-la na
escola. Ela tem sido vítima de comentários maldosos de colegas nas redes
sociais. Agora, ela estuda em outra escola", disse a advogada Maria
Adail. Segundo nota
enviada à imprensa na terça-feira (13) pela advogada, alunos do colégio
fizeram circular, por meio de redes sociais, a informação de que a jovem
teve um relacionamento com o docente.
A advogada, no entanto, rebate a informação. "Não houve relacionamento amoroso. Estamos falando de um crime", completou. Ainda
conforme a nota, a afirmação dos colegas da vítima de que houve um
"caso de amor" faz recair sobre a vítima "a maldição e culpa, quando por
ausência de informações oficiais desconhecem o caráter, as astúcias
delituosas, a hediondez, os propósitos e modus operandi que recai sobre o
investigado".
A advogada destacou
nesta quarta que a família da menina ficou surpresa com o fato do
professor estar foragido e que aguarda decisão que pode colocar o
docente na lista de procurados da Organização Internacional de Polícia
Criminal (Interpol). Maria
Adail confirmou que um apartamento foi alugado pelo professor nas
proximidades do colégio para que tivesse encontros com a estudante.
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