Um ato de carinho para diagnosticar uma doença.
Beijar a pele de uma pessoa e avisá-la se notar um gosto salgado na
boca. Essa é a proposta da campanha "Um beijo muda tudo", que tem como
foco a conscientização sobre a fibrose cística, cujo dia mundial é
celebrado nesta quinta-feira, 8. A doença, que é genética e ainda não
tem cura, faz com que o muco produzido pelo organismo seja mais espesso e
causa pneumonia de repetição, tosse crônica e suor mais salgado do que o
normal. "Ao beijar a pele de quem você ama e isso vale inclusive para
bebês, as pessoas devem saber que, se é salgado, pode ser fibrose
cística. É muito importante que o diagnóstico seja precoce", explica
Verônica Stasiak Bednarczuk de Oliveira, fundadora do Instituto Unidos
Pela Vida, que organiza a campanha. As pessoas também podem publicar
fotos beijando a testa de amigos e parentes usando a hashtag
#desafiodobeijo para apoiar a campanha. Verônica conta que fundou o
instituto após saber que tinha a doença, há sete anos. Ela tinha vários
episódios de pneumonia por ano, que afetaram seus pulmões, e precisou
fazer a remoção da vesícula. "Só tive o diagnóstico com 23 anos. Se
tivesse sido precoce, não precisaria ter passado por tudo isso", afirma.
Com o tratamento, o paciente pode viver com qualidade de vida. "A
fibrose é parte do que somos, não o limite. A pessoa pode se tratar e
realizar seus sonhos, trabalhar, casar e enfrentar os problemas apesar
de tudo. Estima-se que, para cada 10 mil nascidos vivos, um tem fibrose
cística. Atualmente, há 4 mil pessoas em tratamento no Brasil. Além das
ações nas redes sociais, a campanha também terá caminhadas ao longo do
mês em 26 cidades para divulgar a doença. Em São Paulo, a ação será no
próximo domingo, dia 11, no Parque do Ibirapuera, na zona sul da
capital, das 11h às 15h. Com informações do Estadão Conteúdo.
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