A presidente do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, disse
nesta última quinta-feira (8) que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não deve ter a função de fazer uma “varredura do conteúdo do ensino médio” e que haverá mudanças na prova.
O objetivo da atual gestão é resgatar a característica do exame de avaliar a situação do ensino médio no país. Ela
garantiu, no entanto, que a edição deste ano, aplicada em 5 e 6 de
novembro, vai manter os moldes dos anos anteriores. Neste ano, mais de 8
milhões de participantes confirmaram as inscrições.
“O
Enem 2016 será exatamente como foi desenhado quando chegamos, não
haverá mudança. Uma avaliação em larga escala sempre traz um recorte do
currículo, permanecerão conceitos que tenham caráter universal. Mas essa
varredura de conteúdo não é função do Enem e teremos mudança”, diz.
Maria
Inês defende que o Enem seja um exame de qualificação de desempenho que
possa sinalizar uma mudança no ensino médio e um aprofundamento no
currículo. “(O Enem) não pode estar vinculado a tirar pessoas do jogo
como um exame de seleção de alunos.”
Ela diz
que o MEC está estudando uma reformulação com parceiros e consultores e
acompanha o movimento de construção da Base Nacional Curricular Comum
(BNCC). Desde 2009, o
Enem passou a ser adotado por algumas universidades como forma de
seleção. Até então, o exame, não obrigatório, era usado apenas para
avaliar o aprendizado entre os alunos do ensino médio.
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