O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que já solicitou à
Advocacia-Geral da União (AGU) a apresentação de defesa para o pedido do
Ministério Público Federal (MPF) no Ceará, que solicitou a suspensão do
Enem marcado para o próximo fim de semana.
Para
a entidade, há um “grave equívoco” na argumentação do procurador da
República autor do pedido. Para a entidade, há um “grave equívoco” na
argumentação do procurador da República autor do pedido. O MPF pediu a suspensão da aplicação do Enem nos dias 5 e 6 de novembro.
O
procurador da República, Oscar Costa Filho, autor do pedido, entende
que há prejuízo à isonomia do exame, uma vez que seriam aplicadas provas
e temas de redação diferentes para aqueles que forem fazer a prova
apenas em dezembro. O pedido foi feito hoje e protocolado na 8ª Vara da Justiça Federal, no Ceará.
Por
ocasião das ocupações de estudantes em várias escolas do país, o
Ministério da Educação (MEC) decidiu adiar o exame nas escolas ainda
ocupadas. A decisão afeta 191 mil estudantes. Nessas localidades, a
prova está marcada para os dias 3 e 4 de dezembro.
O
Inep rebateu a tese de prejuízo à isonomia do exame. Explicou que todo
ano já são aplicados dois tipos de provas e redações. “As provas do Enem
têm o mesmo princípio da equivalência garantindo igualdade de condições
a todos os inscritos. É lamentável qualquer tentativa que venha gerar
insegurança e tumultuar um exame que afeta a vida de 8,6 milhões de
estudantes e seus familiares”, disse o instituto.
Ocupações em vários estados
As
ocupações ocorrem em diversos estados. Estudantes do ensino médio,
superior e educação profissional têm buscado pressionar o governo por
meio de ocupações de escolas, universidades, institutos federais e
outros locais. Os estudantes são contra a
proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo
federal pelos próximos 20 anos, a chamada PEC do Teto dos Gastos
Públicos.
Estudos mostram que a medida
pode reduzir os repasses para a área de educação, que, limitados por um
teto geral, resultarão na necessidade de retirada de recursos de outras
áreas para investimento no ensino. O governo defende a medida como um
ajuste necessário em meio à crise que o país enfrenta e diz que educação
e saúde não serão prejudicadas.
Os estudantes
também são contrários à reforma do ensino médio, proposta pela Medida
Provisória (MP) 746/2016, enviada ao Congresso Nacional. Para o governo,
a proposta vai acelerar a reformulação da etapa de ensino que concentra
mais reprovações e abandono de estudantes. Os alunos argumentam que a
reforma deve ser debatida amplamente antes de ser implantada por medida
provisória.
0 Comentários