O adolescente de 15 anos que matou o colega Pedro
Carlos Vidoreto Viesi, 15, a facadas em Guariba, interior de São Paulo,
não demonstrou arrependimento após confessar o crime e vai permanecer
internado na Fundação Casa de Araraquara (SP) por pelo menos mais seis
meses. De acordo com a determinação da Justiça de Guariba, o adolescente
será avaliado pelas autoridades ao fim desse período.
Segundo
o site "G1", a juíza Daniela Dias Graciotto Martins escreveu na
sentença que o assassino de Pedro agiu com frieza ao relatar a morte do
rapaz. "Chegou mesmo o representado a afirmar para a técnica da Fundação
Casa que a vítima, morta, era 'menos um para encher o saco'",
argumentou a magistrada.
O suspeito confessou
o crime no dia 19 de setembro, quatro dias após matar Pedro. Segundo o
autor das facadas, ele procurou a vítima porque estava sendo ameaçado
por ela e queria entender o motivo. Quando a vítima lhe deu um empurrão,
ele teria sacado a faca e desferido dois golpes contra Pedro, que
atingiram o adolescente na barriga e no peito.
Na
sentença determinada no dia 27 de outubro, a magistrada descartou que o
crime tenha ocorrido por legítima defesa, pois o autor do crime quem
procurou Pedro no dia do homicídio, em "local ermo" e com "uma faca que
portava de maneira premeditada".
"Apesar da
pouca idade, não demonstra arrependimento, tampouco consegue valorar o
quão grave foi o resultado de sua conduta", escreveu a juíza na
sentença. A decisão ainda cabe recurso.
Ao "G1", Carlos Alberto Telles, advogado de defesa, informou que aguarda
ser notificado da decisão e uma manifestação da Promotoria para decidir
se optará por recorrer ou não.
Perseguidos
Pedro
e um amigo estavam saindo da escola quando foram perseguidos por outros
jovens. O amigo do adolescente conseguiu escapar, mas ele foi capturado
e esfaqueado. A vítima chegou a ser socorrido pelo Paschoal Jonas
Figueira, mas não resistiu aos ferimentos.
A
primeira hipótese de investigação era de que o crime teria acontecido
porque o mandante do atentado era namorado de uma jovem com quem Pedro
teria ficado. Entretanto, a Polícia Civil descartou essa hipótese logo
nos primeiros dias de investigação. A motivação segue sendo apurada.
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