A maioria dos brasileiros (57%) defende a
afirmação “bandido bom é bandido morto”. O índice de concordância sobe
para 62% em municípios com menos de 50 mil habitantes, segundo
levantamento feito pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública (FBSP). Os dados fazem parte do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que será divulgado no dia 3 de novembro.
No
comparativo com 2015, quando a mesma pesquisa foi feita, a aceitação da
frase aumentou. No ano passado, 50% da população se dizia a favor da
morte de criminosos. A diferença aumenta ou cai um pouco quando separada por sexo. E ste ano, entre os homens, 60% concordam e 32% discordam.
Já
entre as mulheres, 55% concordam e 36% discordam. Separado por idade,
quanto mais velho, mais a expressão é aprovada. Na faixa de 16 a 24
anos, 54% concordam. Já para os que têm 60 anos ou mais, 61% estão de
acordo. O Datafolha também revela que 64% dos brasileiros acreditam que os policiais são caçados pelos criminosos.
A percepção é ainda maior nas regiões Norte (67%), Centro-Oeste (69%) e Sudeste (66%). O índice aumenta entre as famílias com renda mensal superior a dez salários mínimos. Nesse grupo, a concordância é de 72%.
A
pesquisa ainda aponta relativa satisfação da população com as forças de
segurança pública: 52% afirmam que a Polícia Civil faz um bom trabalho
esclarecendo crimes e 50%, que a Polícia Militar garante a segurança da
população. A maioria dos brasileiros defende a falta de infraestrutura
na área: 63% dos brasileiros acreditam que as polícias não têm boas
condições de trabalho.
A forma como as
policiais atuam, entretanto, não é bem avaliada. De acordo com o
levantamento, 70% da população sente que as polícias cometem excessos de
violência no exercício da função. Entre os jovens de 16 a 24 anos de
idade, a sensação é ainda mais nítida, sendo que 75% deles acreditam que
os policiais abusam.
Além disso, 53% dos
brasileiros (60% dos jovens de 16 a 24 anos de idade) têm medo de ser
vítima de violência por parte da polícia civil e 59% (67% dos jovens de
16 a 24 anos) temem ser agredidos por policiais militares.
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