Para brasileiros, idade ideal para a aposentadoria é de 57 anos, mostra estudo do SPC

A reforma da Previdência, medida mais urgente do ajuste fiscal proposto pelo governo Michel Temer, é agravada por duas variáveis que se inter-relacionam: uma fiscal e outra demográfica. A primeira é reforçada por dados do Ministério da Fazenda, que mostram que o rombo do INSS em 2016 será de quase R$ 150 bilhões, podendo superar os R$ 180 bilhões neste ano.

Já a demográfica é explicitada por dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). Eles evidenciam que, em 2030, haverá 41,5 milhões de idosos no país, mais do que a metade de 2010, e que corresponde a algo em torno de um a cada cinco brasileiros. Para tornar o sistema previdenciário sustentável, o governo propôs uma série de medidas para reformar o atual sistema, a fim de equilibrar receitas e despesas.

A principal delas, e que a atual gestão não abre mão, é a imposição de uma idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, com tempo mínimo de contribuição de 25 anos. “O caso da idade fica difícil você negociar. A idade [mínima] é fundamental para esta reforma”, afirmou o presidente Michel Temer, em entrevista à agência de notícias Reuters, nesta última segunda-feira (16).

A regra, no entanto, enfrenta forte resistência por parte da população. Estudo conduzido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que apenas um a cada cinco brasileiros acredita que 65 anos é a idade adequada para se aposentar. Segundo eles, o ideal seria aposentar-se aos 57 anos.

Atualmente, não existe uma idade mínima para se aposentar. Os trabalhadores podem pedir o benefício com 30 anos de contribuição, no caso das mulheres, e 35 anos no dos homens. Para receber o benefício integral, é preciso atingir a fórmula 85 (mulheres) e 95 (homens), que é a soma da idade mais o tempo de contribuição.

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