Qual o melhor caminho para quem perdeu o emprego?



O efeito da crise econômica traz resultados negativos para o mercado de trabalho brasileiro. De acordo com um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a taxa de desemprego do atingirá 13,6 milhões de brasileiros, em 2017. Segundo o relatório, de cada três novos desempregados no mundo este ano, um será brasileiro.
Mas o que fazer diante desse cenário? A resposta, de acordo com a professora de gestão da União Metropolitana de Ensino (Unime), Cristina Hireche, pode estar na criatividade. “O emprego é uma forma de ter renda, mas é possível enveredar por outros caminhos, os concursos e o empreendedorismo são exemplos”, diz.
Segundo a pesquisa, que foi  feita pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), com patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em 2015, a taxa de empreendedorismo no Brasil era de 39%. Para a professora, esse momento  de recessão pode ter aumentado ainda mais essa porcentagem. “As pessoas estão apostando em  várias formas,  inclusive, o empreendedorismo”, afirma. Continue Lendo >>
Depois de quase um ano procurando emprego, o comerciante Luis Henrique Góes decidiu empreender. ”Por causa dessa crise, eu não conseguia arranjar emprego. Comecei a vender produtos de perfumaria e cosmética”, conta. Ele diz que atualmente sobrevive com a renda dessas vendas. “São produtos de alta  rotatividade”, completa.
Não existe receita para fundar um negócio e ter sucesso, mas, é necessário  que o empreendedor faça um planejamento. ”É importante sentar e colocar no papel os objetivos e  traçar estratégias para saber onde se quer chegar”, diz.
Além de empreender, as pessoas também podem usar esse momento para buscar novas qualifiçações profissionais, como curso de idioma ou para estudar pra concursos  públicos. A professora recomenda, antes de tudo, planejamento. “O ideal para todas essas alternativas é ter foco e disciplina. É preciso fazer reflexões e conhecer os próprios pontos fortes e fracos para traçar estratégias”, explica ela.
Sinais de recuperação  
O pesquisador da área de mercado de trabalho da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Bruno Ottoni, alerta para os sinais de melhora. Segundo ele, o aumento da taxa de desemprego acontecerá no primeiro trimestre do ano por conta da finalização de contratos temporários. “Quando a gente olha os números absolutos, vê que a média é alta, mas a direção é favorável. Isso depende muito da região também”, afirma.
Para Ottoni, o desemprego deve acontecer, mas em ritmo menor. “Nós não achamos que o número médio de desempregados vai aumentar. Não vemos tanto pessimismo em 2017”, completa
De acordo com os estudos da FGV, no primeiro trimestre desse ano,  deve chegar atingir 12,3 milhões de pessoas. No segundo, o cenário vai ficar estável em relação ao primeiro, pois cerca de 12,2 milhões de pessoas estarão fora do mercado de trabalho.
“Nós projetamos que no terceiro semestre esse número diminua. Segundo nossos estudos, 11,6 milhões de pessoas ainda estarão desempregadas”, fala  o pesquisador. Para fechar o ano, a FGV diz que no último trimestre o Brasil terá um número de 11,3 milhões de pessoas  sem emprego. “Ainda é um valor alto”, diz.
>> Alternativas para momentos de crise
Reduza custos – Reduza despesas e coloque os gastos no papel. Nesse momento,  é importante saber o quanto se pode gastar por mês, pois é necessário saber a quantidade de dinheiro disponível para se manter por alguns meses
Opção dos concursos – Os concursos públicos também podem ser a alternativa. Além de garantir estabilidade, esse tipo de trabalho costuma ter outros benefícios, como carga horária tranquila e altos salários. Fique de olho nos editais e comece a estudar
Mudança de área – Em tempos de dificuldades, as pessoas costumam mudar a área  de atuação para conseguir uma renda extra
A Tarde sob supervisão da editora Cassandra Barteló          

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