Diversos materiais escolares novos foram
encontrados amontoados, sem nenhum tipo de cuidado, em um galpão da
cidade de Casa Nova, no norte da Bahia, misturados com carteiras velhas,
já retiradas de unidades de ensino. Enquanto os materiais novos seguem
no galpão, os alunos e pais da cidade reclamam de falta de equipamentos
e problemas de infraestrutura.
Em algumas
unidades de ensino, as salas e banheiros estão sem portas. As carteiras
para os alunos sentarem estão quebradas e até carcaças de computadores
são achadas nas escolas. Nas imagens é
possível notar, que as carteiras que estão no galpão têm partes forradas
com papelão e plástico. Segundo a gestão municipal atual, a compra e o
armazenamento do material foi feito pela antiga gestão.
O ex-prefeito de Casa Nova foi procurado, mas não foi encontrado para falar sobre a situação. Conforme
a gestão atual, mesmo com os problemas, o calendário escolar será
mantido. "Nós estamos investigando os contratos de licitações que foram
feitos com o município. Estamos fazendo o levantamento completo de toda a
situação", explicou o secretário de administração, Isael Amaral.
Os
moradores do município reclamam da falta de estrutura nas unidades de
ensino. Na escola Jóias de Cristo, o prédio é alugado. As salas são
apertadas e não têm portas nem janelas. Parte do forro da cantina
desabou e nos banheiros faltam portas, pias e as descargas estão
quebradas. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do
Estado da Bahia (APLB) fizeram um relatório para cobrar providências da
antiga administração.
"Tanto no Ministério
Público, quanto na imprensa, fizemos várias denúncias sobre isso.
Mandamos diversos ofícios para a administração [municipal]", relatou a
diretora da APLB, Maria do Carmo Rocha Braga.
Outra
reclamação é sobre a falta de segurança. A escola Solon Xavier foi
arrombada duas vezes em menos de um mês. Os bandidos levaram
equipamentos e ainda picharam a sala da direção. "Levaram
o climatizador, os ar-condicionados, as televisões tela plana, os
computadores, impressoras. A gente está com dificuldade de fazer muitas
coisas por conta disso", disse o diretor da escola, Manuel da Cruz.
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