O vírus do papiloma humano (VPH ou HPV, do inglês
human papiloma virus) é uma doença que infecta a pele ou mucosas e
possui mais de 200 variações diferentes. A maior parte dos subtipos são
lesões benignas. No entanto, alguns tipos são os responsáveis pelo
desenvolvimento do câncer do colo do útero, que corresponde por cerca de
90% dos casos diagnosticados da doença. O HPV é ainda conhecido por
verruga anogenital, crista de galo, cavalo de crista e figueira. A
transmissão acontece por meio de relações sexuais, pelo contato pele a
pele ou com de objetos contaminados.
Sintomas: De
acordo com o infectologista do Hapvida Saúde, Alfredo Passalacqua, o
surgimento de verrugas é o principal sintoma perceptível do HPV. “Um dos
principais sintomas do HPV é o aparecimento de verrugas sob a pele na
área dos lábios e boca – que podem chegar às cordas vocais –, e nas
regiões genital e anal. As verrugas nas partes íntimas, tanto feminina
quanto masculina, requerem cuidados especiais, já que podem se
desenvolver para tumores malignos, principalmente no colo do útero e no
pênis”, explica o médico.
Prevenção:
Evitar
múltiplos parceiros (as) sexuais e realizar exames periódicos são
alguns cuidados aconselhados pelo infectologista para evitar o contágio.
Contudo, a vacina e a utilização de preservativo (camisinha) durante as
relações sexuais são as principais formas de prevenção contra o HPV.
“As vacinas contra o HPV são mais efetivas quando aplicadas antes do
início da atividade sexual. Por isso, as campanhas nacionais de
vacinação tendem a ser voltadas para o público jovem, a partir dos nove
anos de idade. É também nesta fase, até os 15 anos, que o organismo
reage melhor à vacina, apresentando uma ótima resposta imunológica”, diz
o infectologista.
Diagnóstico:
A maneira
mais simples de diagnosticar o HPV é verificar, a olho nu, o
aparecimento de verrugas genitais ou em qualquer área da pele. No
entanto, é raro os pacientes infectados apresentaram verrugas visíveis. A
maioria dos casos são lesões subclínicas e podem ser diagnosticadas por
meio de exames laboratoriais ou na utilização de instrumentos com
lentes de aumento. “Além do exame clínico para detecção dos sintomas
subcutâneos, o diagnóstico do HPV também pode ser realizado por meio de
exames laboratoriais – citopatológico, histopatológico e de biologia
molecular –, que revelam a presença do DNA do vírus”, afirma
Passalacqua.
Tratamento:
Ainda não há
método que elimine o HPV definitivamente do organismo, mas existem
tratamentos que controlam os sintomas e combatem as lesões na pele. O
tratamento pode ser químico, quimioterápico, imunoterápico e cirúrgico, a
depender do estágio da infecção e do sistema imunológico de cada um. “Lesões
pequenas e superficiais podem ser eliminadas com a aplicação de agente
químico ou cauterização. Verrugas em estágios mais avançados podem
exigir procedimento cirúrgico. Como ainda não existe um tratamento que
combata o vírus por completo, estimulamos o paciente a reforçar seu
sistema imunológico para que o próprio organismo consiga se defender e
combater a infecção. Por isso, indicamos que o paciente infectado
cultive hábitos saudáveis, ao incorporar atividades físicas na rotina,
alimentando-se adequadamente e eliminando práticas nocivas como o fumo”,
finaliza o médico infectologista. (Noticias ao Minuto)
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