Estudo produzido pelo Banco Mundial defende a
ampliação do Bolsa Família para que a pobreza não aumente no país."Se
isso é possível, o Brasil tem que decidir", afirmou Emmanuel Souklas,
economista da instituição. Segundo ele, ao sugerir crescimento do
programa, o Banco Mundial faz seu papel de "advogar pelos pobres".
Para
garantir esse aumento o investimento no programa para 2017 deve passar
para R$ 30,4 bilhões (ano passado foi de R$ 28 bilhões). A previsão do
governo é que o total chegue este ano a R$ 29,3 bilhões. Caso
não haja o aumento indicado pelo relatório do Banco, a proporção de
brasileiros em situação de extrema pobreza pode pular dos 3,5% de 2015
para 4,2% em 2017.
O Banco considera em
"extrema pobreza" todos aqueles que têm renda per capita inferior a R$
70. Uma eventual ampliação do programa levaria o índice dos que estão
nesta faixa para 3,5%. Haveria impacto
também para os brasileiros em situação de pobreza (renda per capita de
R$ 170). Nesta área, a proporção subiria de 8,7% para 9,8%, no caso de
não haver aumento do orçamento para o Bolsa Família.
"Até
agora, o Bolsa Família foi considerado um programa de redistribuição,
mas ele também pode ser uma rede de segurança no sentido de dar dinheiro
para pessoas que precisam. E, quando a economia melhorar, essas pessoas
não precisarão continuar sendo beneficiárias", disse Skoufias. Mais de 28 milhões de brasileiros deixaram a linha abaixo da pobreza entre 2004 e 2014, segundo o estudo do Banco Mundial.
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