Alunos do Colégio Estadual Deolisano Rodrigues de
Souza, em Medeiros Neto, extremo sul da Bahia, fizeram um protesto na
terça-feira (4), para reclamar das condições precárias da estrutura da
única escola do Ensino Médio do município, onde estudam cerca de 800
alunos. Após o prédio ter sido atingido por um incêndio no final do ano passado, oito salas foram interditadas.
Os alunos reclamam que a unidade está sem energia elétrica e que falta merenda para todos os estudantes. Com
as salas interditadas, a biblioteca precisou ser desativada e a sala
onde funcionava é usada para 40 estudantes assistiram às aulas. Os
livros ficam amontoados e servem de apoio para o quadro da classe. Outra
turma assiste as aulas no auditório, onde o quadro fica apoiado em
mesas e cadeiras.
A estudante do 3º
ano, Larissa Cortes, diz que a escola necessita de reforma. “A escola
nunca teve reforma nenhuma, desde que foi fundada”, reclama. Já
a aluna do 1º ano, Kaline Veiga, conta que precisa estudar no porão da
unidade. “Estou estudando no porão, sem energia, é escuro. Quando chove,
fica parecendo que é noite e não dá para estudar”, critica.
Seis
turmas do Colégio Deolisano Rodrigues de Souza estudam em salas de
outra escola que era do Ensino Fundamental. Na unidade, os alunos também
enfrentam problemas, como a falta de estrutura da cantina e vidros
quebrados. Pai de uma das alunas, o professor Vaderson Moreira se preocupa com a situação do colégio.
“Minha
filha hoje estuda em uma sala abafada, sem condições de trabalho, sem
cadeira, uma sala superlotada com mais de 40 alunos, então a gente fica
preocupado”, reclama. A estudante do 2º
ano, Zaíne Veiga, diz que a merenda não é suficiente para todos os
alunos. "Vai ficar sem merenda porque não está chegando o material
completo", afirma.
A assessoria de
comunicação da Secretaria da Educação do Estado disse que uma equipe
técnica visitou a escola para avaliar os problemas de infraestrutura e
que um processo já foi aberto para a realização dos serviços de
manutenção, mas não informou o prazo em que isso será feito. Quanto
à merenda escolar, a secretaria disse que o recurso é repassado
diretamente para a escolas e que vai verificar se houve alguma falha.
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