O Brasil é o segundo país com mais casos de câncer de laringe. Na Bahia, em 2016, foram diagnosticados 370 novos casos em homens e 60 em mulheres, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Clarice Saba, que é coordenadora do Programa de Apoio a Pacientes com Hiperacusia e Zumbido (PAHZ) da Escola Bahiana de Medicina e preceptora da Residência Médica em Otorrinolaringologia da Santa Casa de Misericórdia da Bahia – Hospital Santa Izabel, observou que muito se fala em câncer de mama e próstata, que possuem um grande número de casos todos os anos, mas não se pode esquecer também dos tipos de câncer na área da otorrinolaringologia.
Segundo ela, o câncer mais comum nessa área é o de laringe. Em seguida, o de nariz e cavidades nasais, e, em terceiro, o câncer das glândulas salivares. “O câncer não tem uma causa específica. No caso do câncer de laringe, um fator que pode contribuir é o refluxo, pois a hiperacidez maltrata a região, podendo causar a doença. Não é uma regra, mas é uma coisa passível de acontecer. Além disso, as inflamações mal cuidadas, bem como o cigarro e alcoolismo podem ser fatores de risco e também agravantes para quem já possui a doença”, explicou.
Com relação ao câncer de laringe, os principais sintomas são a disfonia ou rouquidão e a dificuldade para deglutir. No caso do câncer de nariz, alguns dos sintomas podem ser sangramento e obstrução nasal. “Se o problema acometer a glândula parótida (glândula salivar) pode causar a diminuição da salivação e dificuldade para mastigar, além do aumento das glândulas. Quando ocorre nos gânglios do pescoço, os principais sintomas são a dor e o aumento da região”, esclareceu a médica.
De acordo com Saba, as pessoas que abusam de álcool e cigarro podem ser consideradas um grupo de risco que pode ser acometido pela doença. “O ideal é sempre manter a imunidade boa, com uma alimentação balanceada, não fumar, usar o álcool com moderação, manter os cuidados básicos com o corpo”, advertiu.
A médica ainda ressaltou que, “todo câncer que é diagnosticado e tratado adequadamente precocemente tem grandes chances de cura. Daí a importância da realização dos exames periódicos, que podem detectar o problema o quanto antes”.
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