Como tal beber água suficiente para atenuar essas perdas é fundamental.
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Sem água perdemos energia, a pele fica seca e até o humor é afetado.
A educadora Mia Nacamulli elucida numa animação divulgada numa conferência TED-Ed, voltada para a educação, que quando o corpo se desidrata as terminações nervosas do hipotálamo do cérebro – que estão no que os cientistas chamam de ‘centro da sede’ (OCPTL) – enviam sinais para a libertação de um hormônio antidiurética.
Esta hormônio chega até os rins e estimula as aquaporinas, proteínas das membranas das células que podem transportar moléculas de água, permitindo que o sangue retenha mais água no corpo.
Quando isto acontece, a urina fica mais escura e com um cheiro mais forte.
Durante este processo de desidratação também sentimos menos vontade de urinar e temos menos saliva.
Também há a possibilidade de sentir tonturas porque o cérebro está a tentar adaptar-se à falta do líquido.
Adaptar para não morrer
Quando o cérebro está desidratado contrai-se devido à falta de água e tem de trabalhar mais para conseguir o mesmo resultado que um cérebro bem hidratado.
Além disso, também ativa uma série de mecanismos de adaptação para conseguir manter sua atividade apesar da falta do líquido.
No entanto, este processo pode continuar durante apenas alguns dias: se interromper totalmente a ingestão de água, o corpo começará a sofrer com os efeitos mais graves e, no final, vai parar de funcionar.
Deixar de beber água durante dias (desidratação crônica) pode abrir caminho para outros problemas como diabetes, colesterol alto, problemas de pele e digestivos, fadiga e prisão de ventre.
O tempo de sobrevivência sem beber água varia entre três e cinco dias, de acordo com cada pessoa. Mas já foram registrados casos de pessoas que conseguiram sobreviver mais tempo.
Quanta água por dia?
A quantidade de água que devemos beber depende do organismo de cada um e do ambiente em que a pessoa vive.
Mas, de acordo com a educadora Mia Nacamulli, o mais recomendável é que os homens bebam entre 2,5 e 3,7 litros por dia e as mulheres, de 2 a 2,7 litros.
Porém também é importante não ultrapassar a quantidade necessária: beber água em excesso pode trazer riscos à saúde segundo os especialistas.
Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelaram em 2015 que a quantidade recomendável de água varia entre quatro e seis copos por dia. Anteriormente era divulgado que eram necessários oito copos de água por dia.
De acordo com os cientistas de Harvard é impossível fazer uma recomendação que sirva para todos: a necessidade de consumo de água depende da dieta, do clima e do nível de atividade física praticada pela pessoa.
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