Este ano, o segmento de eletroeletrônicos e utilidades domésticas deverá ser o principal destaque entre os ramos que já aderiram à data, com previsão de movimentação financeira de R$ 929,4 milhões. Em seguida, deverão sobressair os volumes de receitas gerados pelos segmentos de hipermercados e supermercados (R$ 899,3 milhões) e de móveis e eletrodomésticos (R$ 845,5 milhões).
Segundo o economista da CNC Fabio Bentes, um dos motivos para a crescente alta do faturamento da Black Friday é a tendência de aumento das vendas no comércio eletrônico, que tem se destacado em comparação com o varejo físico. “A facilidade de comparação de preços online em uma data comemorativa caracterizada pelo forte apelo às promoções evidencia a tendência de aumento expressivo deste evento do calendário do varejo, quando comparado às demais datas, especialmente nos espaços virtuais”, afirma Bentes.
FRAUDES
O diretor de operações do Reclame Aqui Felipe Paniago, ressalta que para que o consumidor consiga o desconto esperado, ele deve fazer desde já sua lista de compras e começar a fazer a pesquisa de preços dos produtos desejados para que não seja surpreendido por eventuais mudanças de valores que podem levar à principal queixa dos consumidores nas últimas quatro edições da data de promoções: a propaganda enganosa.
A propaganda enganosa inclui a maquiagem de preços, que levou os consumidores a apelidarem o evento de “Black Fraude” nas edições anteriores. A prática da maquiagem, também conhecida como “metade do dobro”, consiste em aumentar os preços antes da data do evento para depois baixá-los e nomeá-los como “superdescontos”. A propaganda enganosa também inclui a diferença dos preços anunciados no momento da compra e na hora do pagamento do pedido.
Para Felipe Paniago, a Black Friday está dando certo, deixando aos poucos de ter a fama de “Black Fraude”. “O brasileiro já entendeu a dinâmica da Black Friday depois de algumas edições decepcionantes. Quem quer comprar pesquisa mais, arrisca menos e consegue aproveitar as ofertas”, analisa.
Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que os descontos serão, em média, de 24%. Na pesquisa, 21% dos empresários brasileiros, do ramo do comércio e de serviços, devem participar das promoções. “Eles estão esperançosos com a data e mais de um terço acreditam que os resultados serão maiores que do ano passado”.
Embora seja uma dada próxima do Natal, 54% acham que compras Black Friday não afetam a época Natalina. O SPC Brasil explica que essas compras antecipadas têm foco em produtos mais individuais para a casa, mas já no Natal o objetivo é presentear amigos e familiares. Com os descontos, é importante ficar atento e não cair em golpes ou promoções fraudulentas. (Tribuna da Bahia)
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