E a alta pode ser ainda maior nos próximos dias, segundo informou a gerente Carine dos Santos, do Frigorífico do Mané, em Brotas. “Está vindo pouquíssima carne, não está achando para comprar. O filé mignon é o que se acha menos, por isso sofreu impacto maior. De novembro pra cá, o preço da carne bovina já aumentou quatro vezes. A gente não tem como segurar e repassa com aumento”, disse.
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Na análise da comerciante Maria de Fátima, 53, é preciso “dar uma resposta para o governo”, reduzindo o consumo de carne bovina. “Nós somos os próprios culpados, porque quem coloca os governantes lá somos nós. Está caro? Pare de comprar. Tem tanta outra coisa que a gente pode comer. Come frango, ovo, peixe”, afirmou.
Exportações cresceram 45%
Subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão anunciou na segunda-feira (2) que as exportações brasileiras de carne bovina aumentaram 45% em novembro deste ano, no comparativo com igual mês em 2018.
Durante o período de comparação, houve crescimento de US$ 235 milhões no valor das vendas externas. Enquanto no ano passado foi registrado US$ 521 milhões, este ano o valor foi de US$ 756 milhões. “É uma questão de oferta e demanda. Há uma demanda externa aquecida pelo produto. Preços são baseados em cotações internacionais”, disse Brandão.
Em nota oficial divulgada para a imprensa, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou que está “acompanhando atentamente todas as questões que envolvem o abastecimento do mercado interno”, reforçando que o déficit de proteína na China, provocado pela gripe suína, gerou o aumento nas exportações, o que afetou “toda a cadeia consumidora, chegando até o cliente final que já sente o impacto originado no campo”.
A Abras negou que esteja faltando carne bovina no mercado, mas confirmou que os preços devem subir ainda mais. “Essa tendência deve continuar e é boa para o país, mas o setor supermercadista ressalta que seguirá – assim como sempre fez – buscando formas para ofertar produtos com valores justos, a manutenção ao processo de negociação com seus fornecedores, a fim de evitar a sobrecarga aos consumidores brasileiros e as oscilações externas de seus domínios”. (Bahia.Ba)
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