Os dados são do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos Estados Unidos. A análise foi financiada e feita a pedido da Food and Drug Administration (FDA), o órgão americano que regula produtos relacionados à saúde, como medicamentos, comida, cosméticos e tabaco.
Os pesquisadores fizeram o experimento com mais de dois mil cigarros. As bitucas recém apagadas foram colocadas dentro um compartimento de aço com medidores de poluentes no ar. Eles analisaram a concentração de oito químicos presentes no cigarro, incluindo nicotina.
O cigarro continuou emitindo esses compostos por dias depois que já tinha sido apagado. Do primeiro ao quinto dia, houve liberação contínua de nicotina no ar. Ou seja, o cigarro que foi fumado na segunda-feira ainda está emitindo poluentes no sábado seguinte.
Considerando a quantidade de cigarros fumados no mundo, o resultado é significativo. Estima-se que que os fumantes produzam cinco trilhões de bitucas de cigarro anualmente. Os experimentos foram feitos em várias condições de temperatura e umidade. Quanto mais quente é o espaço, mais rápido os poluentes são liberados, o que pode ser especialmente danoso em um país tropical como o Brasil.
Os poluentes das bitucas são especialmente problemáticos quando estão em locais fechados, como dentro de casa ou do carro. “Você pode achar que está protegendo a saúde dos seus filhos por não fumar quando eles estão no carro, mas se as bitucas apagadas ficam em algum cinzeiro lá dentro, eles ainda estão expostos”, diz o pesquisador Dustin Poppendieck, que liderou o estudo.
A maneira correta de descartar o cigarro é apagar e então colocá-lo em um coletor de bitucas ou uma lixeira comum. Na falta de uma lixeira por perto, o fumante pode colocar a bituca em um cinzeiro portátil e fechado até achar um lugar mais adequado. Além de prejudicar a saúde de não-fumantes, jogar a bituca na rua contribui para a poluição do solo, já que o cigarro demora até 10 anos para se biodegradar.
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